segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

interpretação de texto sobre o carnaval

O carnaval do jabuti


Os bichos resolveram fazer um baile de carnaval. Cada bicho deveria ir fantasiado de outro bicho, mas o jabuti resolveu ir fantasiado dele mesmo, o que deixou  a raposa furiosa. O macaco contou ao jabuti que tinha sido proibido de ir ao baile porque era muito bagunceiro. O que o jabuti fez?
O jabuti riu dizendo:
__Tenho uma ideia. Você vai e diz que é jabuti fantasiado de macaco. E faça toda a bagunça por você e por mim. Eu chego no fim.
        O macaco deu cambalhota de alegria e foi para o baile.
       Ao chegar,  a raposa o deteve. A danada estava fantasiada de pavão como uma rainha.
       __Aonde vai? Está proibido de entrar aqui.
       E o macaco:
       __Pois eu sou o jabuti, não está vendo?
      __Ah! - disse a raposa, vitoriosa -  com que então entrou nos eixos! Entre ,entre.
      Quando  o baile estava no auge deu uma louca no macaco. Saiu aos gritos arrancando jubas postiças, rabos de algodão, orelhas de palhas, pele de casca de bananeira. Um escândalo. O  rei fugiu desesperado no seu enorme disfarce de elefante.
    Depois que o macaco já tinha acabado com a festa, o jabuti chegou.  A raposa,  chorando, apontou para ele:
      __Jabuti, foi você.
      E o jabuti riu e falou:
     __Baile de carnaval sem macaco não é baile,  comadre raposa. Agora vamos dançar, cada um com o rabo que tem, com as orelhas que tem, com as garras que tem. Nada de máscara,  dona raposa. isso fica bem em seu focinho de desocupada e intrigante.
      O leão olhou muito serio para a raposa, que se encolheu toda e saiu muito jururu.
      E o rei decretou:
    __O baile continua, comandado pelo jabuti,  que é tão vagaroso quanto sábio.  
Valmir Ayala. O macaco e o jabuti. São Paulo: Moderna, 1968.
                                                                        
1 – Este texto foi escrito sobre que tema?

2 – Quem são os personargens?

3 - Esta narrativa é do gênero:

(   ) conto de fada.       (   ) anedota.      (   ) fábula.        (   ) notícia.

4 – Transcreva do texto as palavras desconhecidas e procure no dicionário os significados.

5 - Ordene a fala do jabuti:
(   ) – Você vai e diz que é o jabuti fantasiado de macaco.
(   ) – Eu chego no fim.
(   ) – Tenho uma ideia.
(   ) – E faça toda a bagunça, por você e por mim.

6 – Relacione e forme frases de acordo com o texto:
a)   O macaco foi                    (   ) que era o jabuti.
b)   A raposa deteve               (   ) ao baile.
c)   O macaco disse               (   ) o macaco.
d)   A raposa falou                (   ) que ele tinha entrado nos eixos.

7 – O que o macaco tirou dos animais fantasiados?

8 – O que você achou da atitude do macaco? Justifique sua resposta.

9 – Como reagiu cada animal que perdeu sua fantasia? E se fosse você, o que faria?

10 – O que o jabuti disse para a raposa sobre:
=> o baile de carnaval: _________________________
=> as máscaras: ______________________________

11 – Releia o final do texto e respoda:

a)   De que jeito a raposa foi embora?
b)   O que o rei leão decretou?

12 – Escreva, justificando, se você concorda ou não com a maneira que agiu:
=> o jabuti: _______________________________
=> o macaco: ______________________________
13 – Que mensagem pode-se extrair desta fábula? 






Leitura informativa
  
A origem do carnaval

O carnaval é uma festa que se originou na Grécia em meados dos anos 600 a 520 a.C.. Através dessa festa os gregos realizavam seus cultos em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção. Posteriormente, os gregos e romanos inseriram bebidas e práticas sexuais na festa, tornando-a intolerável aos olhos da Igreja. Com o passar do tempo, o carnaval passou a ser uma comemoração adotada pela Igreja Católica, o que ocorreu de fato em 590 d.C. Até então, o carnaval era uma festa condenada pela Igreja por suas realizações em canto e dança que aos olhos cristãos eram atos pecaminosos. 
A partir da adoção do carnaval por parte da Igreja, a festa passou a ser comemorada  através de cultos oficiais, o que bania os “atos pecaminosos”. Tal modificação foi fortemente espantosa aos olhos do povo, já que fugia das reais origens da festa, como o festejo pela alegria e pelas conquistas. 
Em 1545, durante o Concílio de Trento, o carnaval voltou a ser uma festa popular. Em aproximadamente 1723, o carnaval chegou ao Brasil sob influência europeia. Ocorria através de desfiles de pessoas fantasiadas e mascaradas. Somente no século XIX que os blocos carnavalescos surgiram com carros decorados e pessoas fantasiadas de forma semelhante à de hoje. 
A festa foi grandemente adotada pela população brasileira, o que tornou o carnaval uma das maiores comemorações do país. As famosas marchinhas carnavalescas foram acrescentadas, assim a festa cresceu em quantidade de participantes e em qualidade.






Agora liste no caderno as informações que:
=> já sabia: __________________________
=> não sabia: ________________________








A  criação do carnaval

Declev Dib-Ferreira
         

        O povo andava triste. Estava todos cabisbaixos, de rostos cansados, sem ânimo. O rei andava preocupado. Queria seu povo feliz, ele precisava disso, pois assim seria mais fácil manipula-lo. Poderia aumentar impostos, criar alguns novos,  viajar a vontade,  roubar, fazer leis absurdas e outras coisas deste tipo; precisava deixar o povo feliz apesar de todos os absurdos que ele o faz sofrer.
         Como parecia uma missão quase impossível, o rei contratou os melhores especialistas em diversas áreas de todo o mundo: psicólogos, músicos, artistas, animadores de festas, humoristas, bobos da corte, filósofos, entre outros.
         O rei ordenou que ficassem reunidos o tempo que fosse necessário para realizar o trabalho. Então esses profissionais ficaram discutindo durante horas e horas, dias e dias, semanas... Após vários meses de reuniões interruptas dentro do castelo, eles estavam cansados e abatidos como o povo do reino. Decidiram então, que deveriam descansar e se divertir um pouco. Pediram ao rei comidas e bebidas a vontade, dizendo que esta festa seria indispensável à continuação do trabalho. O rei atendeu. Comeram e beberam até ficarem tão embriagados que começaram a cantar e pular e agarrarem-se. Resolveram fazer uma brincadeira: todos iriam trocar de roupas uns com os outros. Sentiram-se tão alegres que dançaram e cantaram o mais que podiam. Do lado de fora da sala, o rei nada entendia, ouvindo toda aquela cantoria.
         No dia seguinte estavam exaustos, jogados pelo chão, de caras amarrotadas e com a maior ressaca de suas vidas. Mas estavam felizes como nunca. Foi ai que ocorreu-lhes um estalo: a resposta estava ai! O rei deveria organizar uma festa, regada à muita bebida, muita música e muita dança, onde todos trocariam de roupas com todos. O rei adorou a ideia.  
         Assim instituiu o carnaval
         E assim o rei alcançou seu objetivo...

1 – Esta narrativa explica a origem de que festa popular? 
2 - Quem são os personagens dessa história? 
3 -  Onde se passa a história? 
4 - Em que época acontece essa história 
5 - Qual o clímax da história, ou seja, qual é a parte de suspense?  
6 - Qual é o desfecho da história, ou seja, como termina a história? 
7- Assinale  qual é o gênero textual desta história:
(  ) Notícia   (  ) Fábula   (  ) Lenda    (  ) Reportagem
          Escreva como você chegou à conclusão:
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8 – Faça uma leitura nas entrelinhas deste texto e escreva o seu entendimento.





Mais leitura

Dona Filósofa e a vassoura de piaçava – uma fábula de Carnaval

Manhã de um sábado de carnaval, num sobrado antigo, não muito longe da Igreja do Monte, em Olinda.
Um passante esfarrapado anuncia no meio da rua:
- Quem quer comprar vassoura de piaçava para deixar a casa bem limpinha depois da folia?
Dona Filósofa vai até a janela do sobrado:
- O Sr. não teria, por acaso, uma vassoura voadora? Preciso de uma para completar a minha fantasia de Platônica Perplexa!
- Quer dizer que a senhora quer alçar vôo até as transcendências? Mas em que plano pretende chegar – ao das entidades matemáticas, ao das Formas ideais, ou pretende mesmo contemplar o Bem em si?
- E o Sr. poderia me arranjar uma vassoura para vôos tão elevados?
- Só depende de suas reservas de pão espiritual e do vinho da alma.
- Ah, meu Sr., lamento muito, mas o meu forno e a minha adega estão quase vazios…
- Antes estivessem, minha cara Dona Filósofa; de fato, eles estão repletos, plenos de seus apetites e de sua preguiça.
- Ora bolas, mas o que posso fazer contra a minha fome e o meu cansaço?
- Nada, minha senhora, nada. A questão é essa: aprender a querer e a fazer como se fosse nada, simplesmente nada!
- E o que responder a meus desejos?
- Ora bolas, agora digo eu, minha cara, a senhora é surda? Nada, nada mesmo, e sobretudo não ousar sequer tentar escapar do estado de desejar! Seus estudos não lhe ensinaram que esse é o estigma da condição humana? Porventura, não aprendeu, depois de tantos anos, uma lição tão elementar?
- Como é possível, então, desejar sem preencher de objetos meus desejos?
- Com mais coragem e humildade a senhora aprenderia. Compreenderia que não está a seu alcance saber de que vinho e de que pão deve se alimentar! E, nesse caso, só lhe restaria desejar, desejar à toa, em vão… Desejar com intensidade, pensar com atenção, operar com diligência, mas sem se deixar enredar por quaisquer objetos ou objetivos. Lembre-se das palavras do PaterSeja feita a Vossa vontade… Por acaso, a  senhora pretende saber qual é a vontade que vem das transcendências? Já não viveu tantas vezes a experiência do desencanto, até quando julgava saber o melhor para si? Não tente pois, minha senhora, preencher a sua fome com toda a pretensão de sua imaginação. Limite-se a reconhecê-la e, creia-me, isto não seria pouco, seria o limiar da plenitude possível…
- O Sr. sabe se existe algum Fundo de Reservas Espirituais (uma espécie de avesso do FMI) que permitisse acesso a algum crédito sobrenatural, algum empréstimo dessa sabedoria, sem juros existenciais ou outros encargos?
- A senhora quer crédito maior do que a Vida mesma – a chance de, a cada dia, poder contemplar o Sol e recomeçar?
Antes de tudo, é preciso aprender que as melhores vassouras não servem para juntar ou acumular; servem para limpar e esvaziar. Por enquanto, Dona Filósofa, o melhor mesmo é a senhora começar aprendendo a lição mais simples e eficaz desta colorida vassoura de piaçava. Ela servirá também para complementar o faz de conta da sua fantasia. Contente-se com isso; cuide-se bem e brinque um alegre carnaval; não menospreze, sem conhecimento de causa e sem a devida iniciação, as cores e as luzes deste mundo a seu alcance. No próximo ano, quem sabe… Estou sempre passando pelas ruas como os melhores e mais antigos blocos de folia…
Emília Maria M. de Morais

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